sábado, 10 de dezembro de 2011

A última lágrima.

A última lágrima.

... Essa permaneceu ali por muito tempo
Já havia se acomodado ao lugar.
Mandava-a embora, mas...
Todas saiam e ela permanecia
Dona absoluta não se retirava.

De tanto estar ali se congelou
Ficando mais difícil sua partida.
Desculpando-se sempre
Por não ter lugar para uma pedra.
Um gelo amargo dali sair.

E todos os dias iam e vinham
Solitárias, deprimidas, desesperadas, amarguradas...
Somente a teimosa permanecia.
Mas agora senti entre tantas
Uma que me fez o olho doer.

Escorregou friamente pelo meu rosto
Abrandando o sofrido espírito.
Desabando sobre esta folha de papel
E tilintando neste rio de lamentação
Que aqui se formou.

Essa foi à última lágrima
A que derramei por ti, meu bem.
A mais doida e a derradeira
Que sobre meu rosto rolou
A que arrancou você da minha vida.

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